terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Conseqüências do crescimento populacional desordenado








Nos últimos 44 anos a população mundial praticamente duplicou seu número, passando de 2,700 bilhões de habitantes para seis bilhões. Segundo as últimas estimativas da ONU.Em 1974, quando se celebrou em Bucareste a primeira conferência mundial sobre população, tentou-se reduzir os índices de crescimento demográficos nos países em desenvolvimento, com vários tipos de programas de "planificação familiar". Mesmo assim, os índices de natalidade, continuam sendo altos.Segundo o Programa das Nações Unidas, em numerosos países em desenvolvimento a média é de 3,9 nascimentos por mulher. A Europa ocidental tem o índice de crescimento mais baixo (1,5 por mulher) e a África o mais elevado (6,2 por mulher). Em 1960, a Ásia oriental tinha um índice de 6,1 e baixou para os 2,3 atualmente, enquanto que a África tinha um índice de 6,6 e baixou só de 6,2 por mulher atualmente.A África, onde se necessitou 20 anos para que o índice de natalidade diminui-se de 6,6 para 6,2 por mulher, os programas de planificação familiar ainda não estão dando resultados.Hoje conseguiu-se uma importante evolução em matéria de analise e planejamento da população. Sabe-se que só os números relativos ao crescimento populacional não esgota a questão. Os demógrafos começaram a investigar que há muito mais variáveis além dos números, considerando os problemas sociais e culturais de caráter geral, entre eles os relativos ao meio ambiente e seu entorno.A pobreza e a situação geográfica dos seres humanos em relação aos recursos e a densidade da população são fatores que causam graves problemas ao meio ambiente.Nas últimas décadas, o mundo em desenvolvimento conseguiu enormes progressos econômicos. Porém, ao mesmo tempo, o número de seres humanos que vivem em "absoluta pobreza" - se é que se pode chamar algumas situação de viver - aumentou demasiadamente.As pessoas que são "absolutamente pobres" são as que vivem, literalmente, as margens da vida. Suas vidas se caracterizam por um grau tal de desnutrição, doenças, analfabetismo, que estão sob qualquer definição razoável de dignidade humana. Estas pessoas não são cidadãos, não exercem seus direitos e em algumas situações, muitos animais em extinção possuem uma regalia muito maior por parte do Estado do que estes seres humanos.Os efeitos prejudiciais ficam agravados por causa dos sistemas educacionais deficientes. Os países com altas taxas de fecundidade enfrentam a duplicação ou triplicação da sua população de idade escolar dentro de uma ou duas décadas. E esta situação conduz a uma deterioração da já pobre qualidade educacional.E se a educação ambiental é uma das formas de conter a deterioração do meio ambiente, e quebrar o "ciclo vicioso entre miséria e degradação ambiental", nesta situação fica muito mais difícil algum tipo de melhora, uma vez que se transmite, de uma geração a outra, a cultura da pobreza, que sacrifica os recursos humanos, ambientes e cria obstáculos para a mobilidade social e a paz mundial.Na América Latina, durante a década de 1970, quando a população aumentou muito, principalmente a de idade escolar, o gasto público para cada aluno na escola primária diminuiu em 45% em termos reais.Devido ao crescimento demográfico das populações pobres, os países industrializados freqüentemente acusam os países em desenvolvimento de provocarem um impacto ambiental mais contundente sobre os recursos naturais. Uma vez que segundo o raciocínio dos ricos: "quanto maior a população, mais recursos naturais necessitam para sobreviverem". Porém, o uso que os cidadãos dos países industrializados fazem dos recursos limitados do planeta é 30 vezes maior do que os países em desenvolvimento.Ao colocarmos novas variáveis na equação que leva à degradação ambiental, veremos que não só o crescimento populacional leva ao crescimento da pobreza e ao aumento da destruição da natureza, mas teremos, entre outros fatores, a iniqüidade da distribuição dos recursos.Certamente os enormes índices de aumento populacional em determinadas áreas excedem em muito a capacidade de comunidades e de nações proverem ao sustento de novos cidadãos. É também verdade que aumentam assustadoramente as pressões sobre os vários ecossistemas de países cujo, os índices de fecundidade são altos. Tampouco pode-se esquecer que as crianças nascidas nos países industrializadas exigem dos recursos naturais do planeta mais que as crianças pobres dos países em desenvolvimento.A complexidade do problema exige que se dê igual atenção aos padrões de consumo e aos índices de aumento populacional. As maiores ameaças ambientais à vida na terra são o aumento do buraco na camada de ozônio, o fenômeno das mudanças climáticas, com a conseqüente elevação do nível do mar e alteração na produção de alimentos. Dificilmente poder-se-ia culpar as famílias numerosas dos pobres por esses fatos.Merece também especial atenção a poluição resultante da produção industrial, os poluentes químicos, a queima de combustíveis fósseis e a relutância dos países ricos em reparar os problemas que eles mesmos causam.Texto de Edison Barbieri* Oceanográfo com habilitação em oceanografia biológica e geológica. Mestre em Geografia Física e doutor em Oceanografia Biológica pela Universidade de São Paulo.

Livro: Coleção explorando o ensino - vol. 6 (biologia)

Tema:
As consequências da superpopulação humana para o planeta.

Ojetivos:
Construção de valores a partir de um problema real, sobre a disponibilidade de recursos para o desenvolvimento sustentável, degradação dos solos e recursos naturais não-renováveis, poluição, formação de megalópoles e conseqüente saturação dos sistemas educacionais, de saúde e trabalho.

Abordagem pedagógica:
Ação interdisciplinar, envolvendo ciências, história, geografia, português e matemática.Com análise de textos e filmes, localização de espaço e tempo, construção de gráficos diversos.
Mídias e tecnologias a serem utilizadas: Mídias impressas (livros e artigos de jornais e revistas), visual (filme) e digital (internet).


Dinâmica da atividade: Abordar o tema relacionando o número de pessoas no Brasil e no mundo à trinta anos atrás, comparando com a atualidade, investigar sobre os países mais populosos do mundo, e as conseqüências já ocorridas pelo crescimento populacional. Assistir o filme Ilha das Flores.

Proposta preliminar da etapa ações a serem desenvolvidas:
- Leitura do texto "Coleção explorando o ensino - vol. 6 pág 117.
- Debate com os alunos.
- Indicar pesquisa sobre densidade populacional no Brasil e no mundo e seu crescimento nos últimos trinta anos.
- Leitura de artigos de jornais e revistas em grupos.
- Assistir o filme indicado "Ilha das flores".

Proposta de Avaliação:
-
Participação nos debates.
- Questionário.
- Elaboração de gráficos dos dez países mais populosos e de estimativa de crescimento.
- Resenha sobre o tema que relacione os assuntos: crescimento populacional, controle de natalidade, desenvolvimento sustentável, alimentação, poluição, saúde, e mercado de trabalho.

Referências bibliográficas:

www.frigoletto.com.br/geopop/ocrescim.htm:
http://www.pautasocial.com.br/
http://www.terrabrasil.org.br/
http://www.abep.nepo.unicamp.br/
www.novomilenio.inf.br/porto/mapas.nmpop.htm
http://www.comciencia.br/
www.efatah.com/artigos

Atividades para os alunos:

De acordo com os conteúdos abordados em sala de aula e o filme assistido, segue roteiro de atividades e complemento do assunto.

Atividade I - Questões (individual)
1) Quais os dez países mais populosos com seus respectivos números?
2) O que é o controle de natalidade? E quais países o fazem?
3) Quais as principais conseqüências do crescimento populacional para o meio ambiente?
4) O que são recursos naturais renováveis?
5) Que conseqüências sociais o homem sofre com o crescimento populacional?

Atividade II - Elabore os gráficos (1 até 3 pessoas)
a) Um gráfico com os doze países mais populosos.
b) Um gráfico que mostre o crescimento populacional no Brasil nos últimos 30 anos.
c) Um gráfico de estimativa do crescimento populacinal ao longo dos próximos 50 anos.

Atividade III - Resenha (grupos com no máximo 5 alunos)
Através do conjunto de atividades e pesquisas realizadas, elabore uma resenha com o tema estudado, não esquecendo de relacionar os seguintes assuntos: Crescimento populacional, desenvolvimento sustentável, alimentação, poluição, saúde e trabalho.

3 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns pela atividade, adorei!
Sou professora do 4º e 5º ano do fundamental e vou aproveitá-la para esta semana (meio ambiente - 05/06)
Parabén pelo seu blog

stefhany disse...

professor lazaro adorei seu blog sou a stefhany aluna do senhor, e estudo na escola emef professor florestam fernandes 5c a sala mais bagunçeira da escola rsrsrsrs eu adoro suas aulas porque o senhor explica as materias de um jeito que todos conseguem entender bom é isso um abraço da sua aluna stefhany.

stefhany disse...

me responde isso na sala de aula porque nao tenho email